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5 benefícios da música para a terceira idade

Ana Paula Neves em 17/11/2022

Idoso sorridente tocando violão

Para muitas pessoas, é difícil imaginar viver uma vida sem músicas. As melodias e letras estão presentes em canções no rádio, que nos distraem durante o engarrafamento de manhã, até os nossos momentos mais relaxantes, quando colocamos uma playlist para tocar embaixo do chuveiro. No entanto, alguns estudos comprovam que a música vai além do entretenimento e tem poder terapêutico sobre os nossos aspectos físicos e mentais.

Uma série de pesquisas da Universidade Estadual Paulista mostrou que, dentre outras vantagens, a música reduz o nível de estresse durante procedimentos cirúrgicos, baixa a pressão arterial, a frequência cardíaca e até ajuda o nosso corpo a se recuperar depois de realizar exercícios físicos. Esses são apenas alguns dos benefícios que a música pode trazer para o nosso cotidiano. Mas como a música atua na terceira idade?

Com tantos benefícios comprovados, a utilização da música para promover a saúde ganhou um nome: a musicoterapia. Segundo a Federação Mundial de Musicoterapia, “ela objetiva desenvolver potenciais e restabelecer as funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e interpessoal e, consequentemente, uma melhor qualidade de vida”.

Como funciona a musicoterapia?

A musicoterapia se enquadra como uma das modalidades de práticas integrativas no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro. Essas práticas reúnem tratamentos que utilizam recursos terapêuticos, baseados em conhecimentos tradicionais, voltados para curar e prevenir diversas.

De acordo com o Ministério da Saúde, a musicoterapia é uma prática conduzida em grupo ou de forma individualizada, que utiliza a música e/ou seus elementos – som, ritmo, melodia e harmonia – num processo facilitador e promotor da comunicação, da relação, da aprendizagem, da mobilização, da expressão, da organização, entre outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de atender necessidades físicas, emocionais, mentais, espirituais, sociais e cognitivas do indivíduo ou do grupo.

Música para todas as idades

Os benefícios da música são variados e não se limitam a uma faixa etária, abrangendo crianças, pessoas adultas e idosas. A enfermeira e pesquisadora do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein, Eliseth Leão, afirma que as “regiões responsáveis por atividade motora, memória, linguagem e sentimentos são recrutadas para interpretar os estímulos sonoros”. Durante a terceira idade, é comum que problemas relacionados à essas regiões apareçam e, por isso, a música pode ser uma solução fácil e divertida para questões comuns desta etapa da vida.

Como mencionado no texto “Medicina integrativa no RJ: saiba como ela ajuda os idosos”, da nossa parceira Longevitat, programas de musicoterapia são oferecidos em comunidades de aposentados para ajudar a pessoa idosa a lidar com problemas relacionados à idade, como estresse geral, depressão, dor crônica e até mesmo problemas de memória. Entre os principais benefícios estão: a redução de estresse, a melhora da fala e das habilidades cognitivas e o aumento da atividade social.

Para entender como a música pode melhorar o bem-estar do idoso, separamos mais alguns benefícios que essa ferramenta pode proporcionar quando utilizada em atividades diárias na ILPI!

1. Dance conforme a música

O que você costuma ouvir quando vai à uma festa? Provavelmente é diferente do que você escuta para se concentrar quando precisa estudar ou ler. Isso porque nós, naturalmente, escolhemos a música que queremos ouvir de acordo com a atividade que vamos realizar.

A ciência também já comprovou que a música induz ao movimento, nos ajudando durante a prática de exercícios físicos e deixando esse momento mais fácil e prazeroso. Por isso, utilizar música durante as atividades físicas pode ser uma boa forma de ajudar os idosos que têm alguma dificuldade para se movimentar.

2. Quem canta seus males espanta

Com certeza você já ouviu essa expressão e ela tem um motivo: quando prestamos atenção na música, ela nos ajuda a esquecer possíveis dores físicas que estejamos sentindo. Isso acontece porque com as melodias e letras mudamos o nosso foco!

Isso foi demonstrado por vários estudos, dentre eles experimentos que perceberam que quando a música era utilizada no pós-cirúrgico, a quantidade de analgésicos necessária diminuía

3. Seu cérebro também escuta

A música estimula nossos neurônios e forma novas sinapses e conexões cerebrais, fortalecendo a nossa capacidade funcional e cognitiva. Uma pesquisa mostrou que pessoas com comprometimento da fala, devido a um AVC, que praticam musicoterapia, recuperam a fala com mais facilidade do que as que não praticam. O motivo disso é que as canções tornam o processo de encontrar palavras para se comunicar mais natural. Esse mesmo motivo, também é o que faz com que a música seja uma ótima aliada para a recuperação de outras doenças, como o Alzheimer e o Parkinson.

Além disso, o idoso que tem o hábito de escutar música, também percebe uma melhora na sua memória, resgatando seus momentos mais felizes através de lembranças do seu passado que são ativadas pelas suas músicas favoritas que marcaram sua geração.

4. Não é só música para ninar que acalma

A música afeta a nossa respiração e os batimentos cardíacos também se alterem. Em outras palavras, um dos poderes da música é o de relaxar quem a escuta, uma vez que músicas com ritmos mais lentos desaceleram o ritmo cardíaco e, consequentemente diminuem a pressão arterial, sendo também um ótimo remédio para quem sofre de pressão alta.

5. A música une

Quando nos juntamos para cantar e tocar, ampliamos o vínculo afetivo com as pessoas. No caso do idoso, a interação causada através dos instrumentos musicais auxilia no processo de estabelecimento de laços sociais, que reflete em uma melhora da relação com a família e com a equipe de saúde da sua ILPI.

A música pode ser aplicada por essa terapia, portanto, como um tratamento complementar para idosos que apresentam diversas condições de saúde, e, por esse motivo, vem ganhando cada vez mais espaço enquanto terapia em Institutos de Longa Permanência.

Para te ajudar a encontrar as melhores soluções para os desafios do cuidado dos idosos, a Gero360 te auxilia com a gestão de sua casa de repouso para que você e sua equipe consigam otimizar seu tempo e focar na qualidade e na humanização do atendimento que seus residentes merecem, como a adoção de técnicas como a Musicoterapia!

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Fontes:
  1. Artigo A UTILIZAÇÃO DAS TERAPIAS COMPLEMENTARES NOS CUIDADOS PALIATIVOS: BENEFÍCIOS E FINALIDADES: https://revistas.ufpr.br/cogitare/article/viewFile/33861/23228
  2. Música ajuda a ativar as habilidades físicas e mentais e traz benefícios para o cérebro dos idosos: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2019/09/18/musica-ajuda-a-ativar-as-habilidades-fisicas-e-mentais-e-traz-beneficios-para-o-cerebro-dos-idosos.ghtml
  3. Música acalma, estimula a memória, alivia dores e ajuda no exercício físico: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2013/06/musica-acalma-ajuda-na-atividade-fisica-e-tambem-pode-aliviar-dores.html
  4. O que é MUSICOTERAPIA? http://musica.ufmg.br/musicoterapia/index.php/o-que-e/
  5. Revista brasileira de musicoterapia
  6. Musicoterapia na afasia de expressão: um estudo de caso: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/142941/000993016.pdf?sequence=1