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Dicas para evitar doenças respiratórias no outono

Ana Paula Neves em 12/04/2022

O outono é uma estação marcada, em grande parte do Brasil, por um clima seco e temperaturas amenas, alguns dos fatores favoráveis ao aparecimento de doenças respiratórias. Os problemas respiratórios podem aumentar em até 40%, de acordo com a Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).

Se para outras faixas etárias uma gripe não é motivo de preocupação, para a pessoa idosa e outros grupos de risco, como crianças, em que o sistema imunológico ainda está se formando, esse tipo de doença pode se tornar um problema maior do que se pensa. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gripe causa comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas todos os anos, e os idosos estão no grupo dos mais afetados.

Todavia, a gripe não é a única doença respiratória que acomete pessoas idosas durante esta época do ano. Inclusive, é importante lembrar que nem todo sintoma é gripe! Dentre as doenças respiratórias, há algumas de tratamento simples e outras que são ou que podem se tornar crônicas. Infelizmente, as doenças respiratórias estão dentre as principais causas de morte no mundo.

Por isso, é fundamental agir preventivamente e prestar atenção nos sinais e sintomas deste tipo de doença. Para te ajudar a manter seus residentes saudáveis no outono, separamos algumas informações importantes sobre as principais doenças e dicas de como evitá-las. Confira:

Quais são as principais doenças respiratórias?

Asma

Sintomas: Chiado ao respirar; Aperto no peito; Tosse seca; Respiração curta e rápida.

Gatilhos comuns: poeira; ácaros e fungos; variações no clima; umidade; temperaturas baixas; histórico familiar; má formação na região respiratória; obesidade; sedentarismo.

Bronquite​

Sintomas: falta de ar; irritação na garganta; tosse com secreção; chiado e dores no peito; dificuldade para respirar.

Gatilhos comuns: agentes infecciosos (vírus e bactérias); poluição; uso de cigarros.

Sinusite

Sintomas: obstrução nasal com secreção; pressão ou dor na face; diminuição ou perda do olfato; dor de ouvido, no maxilar superior e nos dentes; tosse; garganta inflamada.

Gatilhos comuns: agentes infecciosos (vírus, bactérias e fungos), poeira, choque térmico, exposição a agentes químicos.

Confira outras doenças e dicas de saúde para o outono no nosso e-book especial da estação

Por que os idosos são mais afetados?

O pulmão é um dos órgãos mais vulneráveis do corpo humano, por estar muito exposto ao ambiente externo, com variações do clima, poluição, tabaco, entre outros fatores.

Além disso, de um modo geral, com o passar dos anos a função dos órgãos vitais vai sendo afetada, e, em muitos casos, diminuindo sua capacidade de forma gradual. Com o aparelho respiratório, principalmente os pulmões, não é diferente e, com o tempo, a função pulmonar diminui.

Em pessoas saudáveis, essas alterações apenas afetam a capacidade de executar atividades físicas mais intensas, mas para quem teve por muito tempo o hábito de fumar, por exemplo, o avanço da idade pode levar a limitações mais sérias.

Como prevenir doenças respiratórias na terceira idade?

O primeiro passo é identificar os fatores que aumentam os riscos de desenvolver essas doenças. Como já mencionamos, o tabaco é um dos principais, mas a prevenção começa desde antes do nascimento do indivíduo, já que a exposição durante a infância determinam a saúde durante a fase adulta. Melhorar a qualidade do ar desde a vida intrauterina do indivíduo, pode garantir a saúde pulmonar durante a terceira idade.

Uma boa alimentação e hidratação, principalmente em períodos mais frios e secos como outono e inverno, também é essencial para garantir uma boa imunidade. (Aqui falamos mais sobre isso)

Além disso, atualmente, com a pandemia do Coronavírus, novos hábitos que também garantem a prevenção de doenças respiratórias passaram a ser adotados, como o uso de máscara e o distanciamento social. Esses cuidados garantem não só a proteção contra o COVID-19, como também diminuem os riscos de transmissão de outros vírus respiratórios, como o da gripe. Com esses aprendizados, é possível continuar alguns hábitos saudáveis dentro das ILPIs, como deixar os locais bem arejados e higienizar as mãos dos residentes e profissionais frequentemente.

Apesar de complicações graves que podem ser ocasionadas por essas doenças, outras medidas simples ajudam a prevenir a ocorrência delas. Entre elas:

  • Manter os ambientes com boa ventilação e entrada de ar fresco, bem como manter o sistema de ventilação limpo com manutenção periódica;
  • Medidas de prevenção;
  • Falando em limpeza, é importante que os ambientes não acumulem poeira;
  • Estabeleça um plano de limpeza e desinfecção diária de todas as superfícies de mobílias, corrimãos, puxadores de porta… Após a limpeza e desinfecção, secar completamente todas as superfícies;
  • Mantenha os residentes hidratados;
  • Estimule hábitos saudáveis, como tempo de sono adequado, alimentação equilibrada e exercícios físicos;
  • Mantenha o calendário vacinal em dia! Em idosos, estima-se que a prevenção de doença respiratória aguda com as vacinas seja de – aproximadamente – 60%. Saiba mais sobre o assunto no nosso blog (textos: Vacinas e outras medidas de prevenção à saúde do idoso; Saiba mais sobre a vacina contra a COVID-19 em idosos).

Existe tratamento para doenças respiratórias?

Sim! O objetivo do tratamento pode ser amenizar seus sintomas ou até curá-la, caso seja possível e, para isso, um diagnóstico precoce é essencial.

Além do acompanhamento médico, utilizando medicamentos receitados por um profissional capacitado, a fisioterapia respiratória também pode ser utilizada desde a prevenção, até o tratamento de doenças respiratórias, aprimorando a expansibilidade pulmonar, aperfeiçoando a troca gasosa, aumentando a força muscular respiratória, auxiliando na remoção de secreções e, consequentemente, melhorando a capacidade respiratória do paciente.

A mudança no estilo de vida também pode fazer parte do tratamento, retirando do dia a dia tudo o que dificulta a cura do idoso para que as outras medidas possam ser efetivas e melhorar a saúde.

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