Ferramentas Estruturadas na Gestão Medicamentosa: Tecnologia a Favor da Segurança no Cuidado à Pessoa Idosa
A segurança medicamentosa é um dos pilares do cuidado qualificado na longevidade. Com o aumento da expectativa de vida, cresce também a complexidade dos quadros clínicos e, consequentemente, o risco associado à polifarmácia, às interações medicamentosas e às iatrogenias — eventos adversos preveníveis, decorrentes da própria prática em saúde.
É nesse cenário que a utilização de ferramentas estruturadas para reconciliação medicamentosa se torna não apenas recomendada, mas indispensável. Instrumentos como os critérios STOPP/START e os critérios de Beers oferecem uma metodologia validada, baseada em evidências, para avaliar a adequação das prescrições na população idosa, identificando tanto medicamentos potencialmente inapropriados quanto omissões terapêuticas relevantes.
No entanto, aplicar esse raciocínio de forma consistente no dia a dia do cuidado — seja em ILPIs ou no ambiente domiciliar — exige mais do que conhecimento clínico: exige acesso a dados organizados, históricos de saúde consolidados e monitoramento contínuo do estado funcional e dos parâmetros clínicos.
Como a tecnologia da Gero360 potencializa esse processo?
O sistema de gestão para ILPIs da Gero360 permite que equipes assistenciais registrem, acessem e acompanhem, em tempo real, informações clínicas, funcionais e medicamentosas dos residentes. A integração de dados sobre uso de medicações, histórico de intercorrências, exames e evolução funcional cria uma base robusta para que o processo de reconciliação medicamentosa não dependa de memória, anotações manuais ou informações dispersas.
Com essa estrutura, a aplicação prática dos critérios STOPP/START e Beers torna-se muito mais efetiva. As equipes ganham clareza sobre quais medicamentos podem estar associados a riscos aumentados, quais ajustes devem ser considerados e quais intervenções podem ser feitas de maneira proativa.
O mesmo raciocínio se aplica ao cuidado domiciliar com o uso do aplicativo Leve by Gero, que amplia o alcance desse monitoramento. Famílias, cuidadores e profissionais podem acompanhar em tempo real os registros de saúde da pessoa idosa, com alertas sobre alterações clínicas, adesão terapêutica e evolução dos indicadores de bem-estar. Essa continuidade de dados favorece o diálogo entre profissionais e familiares e melhora as decisões clínicas, sempre fundamentadas, sempre centradas na segurança e na qualidade do cuidado.
Conclusão: Dados, tecnologia e segurança no envelhecimento
O uso de ferramentas estruturadas, aliado a soluções tecnológicas como as da Gero360, fortalece uma prática assistencial moderna, ética e centrada na pessoa idosa, tanto nas ILPIs quanto no ambiente domiciliar.
Cuidado com base em dados é cuidado com mais segurança, mais precisão e menos riscos.
Porque envelhecer com qualidade começa quando o cuidado deixa de ser reativo e passa a ser planejado, preventivo e fundamentado em informação.
Leia também o primeiro post da série: Intoxicação por medicamentos em pessoas idosas